terça-feira, 2 de julho de 2013

EXPEDIÇÃO TURÍSTICA OSORINHO - FAZENDA CAMPEIRA



Vejam Fotos: Neila Carvalho Lima Amori



                 O Museu Serra do Cafezal conta história sobre o casarão da Emídia Honória - Pesquisa: Morganna Franco
       
                       Mais ou menos em 1900 ergueu-se a casa hoje conhecida como casarão da dona Emídia Honória construída pelo Sr. José Apolinário (sr. Zeca) sobre orientações do pedreiro José Pinto. Esta foi uma construção para os recém – casados Sr. José Apolinário e Srª Emídia Honória, os quais primos de primeiro grau tiveram seus quatro filhos e mais dois adotivos criados nesse casarão da Fazenda Campeira.
Ambos católicos e fieis aos ensinamentos do padre Brown rezavam conforme os preceitos da época, jamais ultrapassando as limitações da Igreja Católica. Mas por causa de uma curiosidade despertada pelo irmão de dona Emídia, Sr. Chico Chumbo que encontrou um livro no fundo de um baú (pertences de Dona Sinhana Franco) prima destes, descobriu a Bíblia protestante.
Em comentários muito discretos e disfarçados ambos passaram a conhecer e gostar da nova Bíblia. 
Numa segunda visita a fazenda Dona Emídia relatou ao padre que gostou da Bíblia que haviam encontrado no baú e passaria a estudá-la mais, pois acreditava que não haveria mal algum.
O padre excomungou sua casa, seus terreiros, seu curral e foi-se embora correndo. Desse dia em diante Dona Emídia e Sr. Zeca começaram a ensinar seus filhos a ler, para que aprendessem a ensinar seus filhos a ler, para que aprendessem também com a nova Bíblia . Isso foi mais ou menos em 1920.
Desse interesse por ensinar aos filhos começaram a divulgar nas fazendas vizinhas a necessidade das demais crianças a aprender, ler e escrever, fornecendo de início a sua casa.
Daí teve o início da alfabetização de algumas crianças, chegando a um número de quarenta, quando veio a necessidade de fazer uma escola (casa simples de pau a pique) e algumas choupanas para abrigar grupos de crianças da mesma família, as quais ficavam até um ano sem ir em suas casas, aprendendo com seus professores.
Os primeiros eram bem fracos, com pouca formação, mas o interesse de alguns pais, que ajudavam a contribuir com a educação dos filhos começaram a buscar fora professores mais qualificados, vindos até de São Paulo.
Dona Emídia fazia de um tudo. Com 84 anos ainda se levantava as duas horas da manha para acender o fogão e o forno de barro, pra ir esquentando, pois logo começaria a fazer as quitandas para o café da manhã das crianças.


Todos podem participar desta história, contando aqui também!!! E vamos lá neste domingo conhecer o casarão!
É só fazer sua inscrição no Armazém de Cultura.